Estimados Parceiros,

Preciso agradecer a todos vocês pelo importante apoio, para a realização da I Jornada dos Povos Indígenas da Estácio FAP (16 a 20 de abril).

Um projeto que nasceu pequeno, como um projeto de responsabilidade social e extensão acadêmica e, que foi crescendo graças ao incentivo de todos. O projeto objetivava aproximar nossos universitários dos temas amazônicos, das questões culturais e sociais dos povos indígenas e criar um canal de comunicação entre universitários indígenas e não indígenas.

Estamos chegando ao final do evento com um saldo super positivo. E cabe uma reflexão sobre este processo. O evento nasceu como resposta a notícia amplamente midiatizada em 12 de março pela Agencia Estado e aqui veiculada no Jornal Liberal com o título: “Por milhões de dólares, índios vendem direitos sobre terras na Amazônia”. O que nos inquietou além do próprio ocorrido foi o fato de que este tema tão relevante que acontecia no Pará no município de Jacareacanga e dizia respeito a REDD em terras indígenas, ser desconhecido pela maioria da população de Belém, cidade considerada uma das capitais da Amazônia.

Entendemos que como uma Instituição de Ensino Superior, precisamos buscar respostas para a sociedade e neste sentido começou nossa jornada…

Iniciamos os trabalhos levando este fato para os alunos de comunicação e  apresentando as linhas iniciais do projeto I JORNADA DOS POVOS INDÍGENAS que visava discutir na faculdade e fora dela esta temática. Buscamos incentivar por meio de trabalhos integrados a participação acadêmica. De acordo com a grade curricular escolhemos trabalhar com as turmas do 5º período de Comunicação Social, por meio das disciplinas MÍDIA e COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL INTEGRADA. A turma  respondeu com muita eficiência. A equipe PIATÃ criou uma ação de marketing emocional “ABRACE UM ÍNDIO, ABRACE UM IRMÃO” que representou a alma deste projeto gerando ações que ocorreram na faculdade e na cidade.

A equipe MYSEM se aproximou da organização e das pesquisas preliminares para criação do evento, criou além de ações de Marketing de Guerrilha a campanha “ÍNDIO QUER SABER: CARBONO É DE QUEM?”, bem como toda programação visual que foi adotada por nós e executada pela agência experimental PAI D’ÉGUA com muito trabalho e profissionalismo. O resultado vocês puderam acompanhar durante o evento, por meio das notícias geradas na imprensa, nas mídias sociais, neste blog.

Durante cinco dias alunos de diversos cursos da faculdade puderam conhecer um pouco deste delicioso universo cultural. Começaram a entender ou a se indagar sobre REDD na Amazônia, sustentabilidade, etnicidade. Enfrentamos o preconceito, quebramos tabus e o melhor: muitos alunos vestiram a camisa, se pintaram com urucum, jenipapo e foram as ruas declarar seu amor a causa indígena. Outros incansáveis na cobertura e organização e divulgação do evento ainda estão trabalhando na finalização dos produtos da jornada.

O que me deixou ainda mais feliz foi o fato de conseguimos trazer para as palestras e oficinas alguns universitários indígenas da UFPA. Durante esta semana em nossa agência experimental nossos estagiários, voluntários e estes alunos da UFPA trabalharam duro, se conheceram, riram e brincaram juntos. Calouros indígenas e não indígenas foram para rua fazer performances juntos, entraram no estúdio de rádio juntos  e produziram juntos. Muitos deles calouros da Estácio, viveram pela primeira vez a comunicação em ação de forma intensa e melhor, dentro desta perspectiva de diversidade e diálogo cultural. “Fiquei lisonjeada e por muitas vezes emocionada, a cobertura do evento teve um ritmo intenso e me mostrou de fato o amor que tenho por essa profissão” completa Camila Andrade, estudante do primeiro período de Jornalismo.

Durante o processo de realização da semana surgiu um novo desafio: fomos convidados pelo Boulevard Shopping a montar também uma exposição em suas dependências. Buscamos novos parceiros e conseguimos montar no 3º piso de lojas a exposição “ÍNDIO QUER SABER: CARBONO É DE QUEM?” com objetos de diferentes Povos Indígenas da Amazônia Legal. É a Estácio FAP graças a todos vocês acontecendo além de seus muros, intervindo na cidade por mais 12 dias.

Graças a todos vocês: alunos, ex-alunos, estagiários, voluntários, colaboradores, professores, técnicos, universitários indígenas e pesquisadores-convidados pudemos oferecer aos nossos estudantes palestras maravilhosas, exposições, oficinas, mapas, artefatos, vídeos, performances e pinturas corporais.

Obrigada. Agradeço também a SEMA, FUNAI, SEJUDH, SEEL, INOVA COMUNICAÇÃO, BOULEVARD SHOPPING e O LIBERAL por relevante apoio. Peço desculpas a todos por qualquer deslize cometido. Foi uma honra recebê-los na Estácio FAP. Estamos de portas abertas para vocês. E em breve apresentaremos os resultados deste encontro.

Atenciosamente,
Prof. MSc. Vivianne Menna Barreto
Coordenação de Publicidade e Propaganda