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Fotos: Brenda Marx

Por Júlio Matos

Dentro da programação da I Jornada dos Povos Indígenas estão à disposição do público em geral exposições: na Estácio FAP encontra-se a fotográfica, com imagens de comunidades indígenas, seus costumes e crenças; e no Boulevard Shopping podem-se encontrar artefatos indígenas.

Segundo Viviane Menna, coordenadora da Jornada e do curso de Publicidade e Propaganda da FAP, a proposta é aproximar as culturas indígenas de nossa realidade. “Considerando que a FAP é uma faculdade inserida na Amazônia é muito importante aproximar os contextos amazônicos, os discursos, os povos tradicionais, da realidade dos alunos de todos os cursos da instituição. Realizou-se uma programação voltada para este contexto e as exposições fazem parte dessa ‘visualidade dos povos indígenas’”, comenta.

Para a Estácio FAP foram levadas duas exposições: na Biblioteca Benedito Nunes estão “Recortes da Arte e do Cotidiano”, exposição sobre Cultura Material e os Jogos Indígenas, o qual este ano acontece no mês de agosto em Mosqueiro (PA). “As imagens foram feitas em jogos indígenas, e visa-se provocar a curiosidade para se ir fotografar, conhecer e poder divulgar, difundir esta cultura”, analisa Viviane.

Já no Hall do 1º andar do bloco D da faculdade a exposição “Pimenta em Pó Wai Wai” mostra todo o processo de produção de pimenta. As pimentas são secas, moídas e embaladas para comercialização pelos próprios indígenas. Esta mostra tem o apoio da Secretária de Meio Ambiente (SEMA), que foi a responsável em desenvolver este projeto.

Ainda no bloco D encontram-se também imagens de uma comunidade que foi recentemente contatada, que é a etnia “Zo È”, a qual vive na área indígena de Cuminapanema no norte do Pará. Tanto na Biblioteca quanto no bloco D, as visitas poder ser feitas até 31 de maio.

E no Boulevard Shopping estão em exposição artefatos indígenas. Para quem quiser ter um contato maior com a arte destes diversos povos basta ir ao local até dia 29 de abril.

“É um privilégio para poucos conviver com outras culturas. A diversidade é irmã da criatividade. Fornece novas idéias, idéias de novas ações, de novas fotografias para serem feitas… hoje se fala muito em economia criativa e é preciso que haja cidades que incentivem este tipo de economia, valorizando-as através da diversidade”, emociona-se a professora Viviane.

Para Rodrigo Ederiehe Karajá, indígena da etnia Karajá, foi muito bom toda essa parceria entre a Estácio FAP e as comunidades indígenas na I Jornada dos Povos Indígenas. “Um prestígio para nossa cultura, conseguindo-se buscar benefícios para o nosso povo”.

Aguimon-idioraru Karajá diz: “Foi tudo muito interessante. Foi realizada uma grande programação nessa jornada junto com o nosso povo. Agradecemos muito por termos sido convidados a participar deste evento. Um intercâmbio, onde aprendemos com os alunos da FAP e eles aprenderam com a gente”.

“As imagens em exposição são geniais. Conseguem explorar a cultura indígena e colocar até nós essa realidade” disse Amanda Viana estudante da FAP.